quarta-feira, 26 de maio de 2010

Olha...




Olha

Mais uma despedida do Sol
E aquela mesma pessoa, se encontra em seu lugar já rotineiro
Absorta em pensamentos
Deita-se ao longo da pedra mais alta
Talvez querendo que seus desejos alcancem sua amante
Aquela que jaz redonda e brilhante
Em tão imenso campo de sonhos, rodeada por luminescentes olhos
Sempre a acalentar a vida noturna
E a aquietar sentimentos vulgares
Com sua beleza entorpecente

Deita sem medo e sem frio
Como se o seu grande cobertor
Fosse tão enorme quanto seu querer
Seu querer de vislumbrar tamanha beleza
Em tão infinito céu

Se inspira como tal dia Shakespeare já o fizera
Porém com objetivos diferentes e já traçados
Busca a coragem para viver
Sem ser vilipendiada
Incompreendida
Descartada
Ela já não tem medo daquilo a sua frente
Ela já não se preocupa com que poderia acontecer
Ela já consegue enxergar tudo com mais clareza
Ela finalmente cria coragem para seguir o caminho que quer
Sem permanecer inerte
Triste
Como um dia ja teve tanto anseio de ser

Agora é sua amante que se despede
Triste e lentamente
Naquela luz crepuscular noturna
Que vai morrendo aos poucos no horizonte
Dando Lugar a um calor reconfortante
Aumentado pela vontade de viver
Daquela amante da Lua
Onde ela repete para si

"Tentar ser forte a todo e em cada amanhecer."





Leves influências de Legião Urbana.

Um comentário:

  1. Ameii muiito meu lindo!!!
    São muitas lembranças eim.
    Beijos ;*
    (uuu, sou sua 1ª seguidora!)

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